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A Análise SWOT: Uma Ferramenta Essencial para a Gestão Estratégica

SWOT

No mundo empresarial altamente competitivo de hoje, é essencial para as organizações desenvolverem uma compreensão clara de sua posição no mercado e identificar oportunidades e desafios que possam afetar seu desempenho. É nesse contexto que a análise SWOT se destaca como uma ferramenta valiosa para a gestão estratégica. Neste artigo, discutiremos a importância da análise SWOT, seus componentes-chave e como ela pode ser aplicada para impulsionar o sucesso organizacional.

A Importância da Análise SWOT

O termo SWOT é um acrônimo para Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças), que se baseia na ideia de que uma organização deve entender tanto seus fatores internos quanto os fatores externos que afetam seu desempenho e seu ambiente de negócios.

A análise SWOT é uma técnica de planejamento estratégico que permite às empresas avaliarem sua posição atual no mercado e entenderem os fatores internos e externos que podem afetar seu desempenho futuro. Ela fornece uma estrutura sistemática para identificar os pontos fortes e fracos internos de uma organização, bem como as oportunidades e ameaças externas que ela enfrenta.

Ao realizá-la, as empresas podem obter insights valiosos sobre seu ambiente de negócios, o que lhes permite tomar decisões informadas e desenvolver estratégias eficazes. Essa ferramenta ajuda a organizar informações relevantes, destacando áreas de vantagem competitiva, áreas que precisam de melhoria e possíveis riscos que devem ser monitorados.

A análise SWOT é uma ferramenta flexível e adaptável, podendo ser aplicada em empresas de diferentes setores e tamanhos. Ela proporciona uma visão abrangente da situação da empresa e auxilia na tomada de decisões estratégicas fundamentadas, fornecendo uma base sólida para o planejamento e a execução de ações que direcionem o sucesso organizacional.

Componentes da Análise SWOT

A criação da análise SWOT envolve um processo de coleta e análise de informações relevantes sobre a empresa e seu ambiente externo. Agora vamos dar uma visão geral de como cada um dos 04 componente é abordado:

Análise de SWOT e sua formulação.

1. Forças (Strengths)

As forças representam os recursos, capacidades e vantagens competitivas internas de uma organização. Esses podem incluir uma equipe talentosa, uma marca forte, tecnologia inovadora, qualidade do produto, uma base de clientes leal ou uma estrutura de custos eficiente. Ao identificar e alavancar essas forças, as empresas podem obter uma vantagem competitiva significativa no mercado.

Aqui estão alguns pontos que podem ser considerados como forças em uma análise SWOT:

  1. Recursos tangíveis: Isso inclui ativos físicos que uma empresa possui, como infraestrutura, instalações, equipamentos, tecnologia, capital financeiro e propriedade intelectual. Esses recursos podem fornecer uma base sólida para o desempenho operacional e a entrega de produtos ou serviços de alta qualidade.
  2. Recursos humanos: O talento e as habilidades dos funcionários são uma força fundamental para qualquer organização. Uma equipe qualificada e dedicada pode impulsionar a inovação, o atendimento ao cliente e a eficiência operacional. Além disso, uma cultura corporativa sólida e uma boa liderança são fatores que contribuem para as forças internas de uma organização.
  3. Vantagem competitiva: As empresas devem identificar os elementos que as tornam únicas e competitivas em relação aos concorrentes. Isso pode incluir uma marca forte, reputação positiva, excelência em atendimento ao cliente, produtos diferenciados, acesso exclusivo a recursos ou uma cadeia de suprimentos eficiente. Esses atributos ajudam a empresa a se destacar e criar uma posição sólida no mercado.
  4. Eficiência operacional: A capacidade de realizar operações de forma eficiente e com baixos custos é uma força significativa. Isso pode envolver processos bem estabelecidos, cadeias de suprimentos eficazes, controle de qualidade rigoroso, automação de tarefas, otimização de recursos e redução de desperdícios. A eficiência operacional pode resultar em maior lucratividade e vantagem competitiva.
  5. Relacionamento com clientes: Uma base de clientes leal e satisfeita é uma grande força para qualquer organização. A capacidade de entender as necessidades dos clientes, fornecer um excelente suporte pós-venda, criar relacionamentos duradouros e oferecer produtos ou serviços personalizados pode gerar uma vantagem competitiva significativa.
  6. Posicionamento de mercado: Uma empresa que ocupa uma posição forte em seu mercado-alvo tem uma vantagem competitiva. Isso pode ser alcançado por meio de estratégias eficazes de segmentação de mercado, branding consistente, conhecimento aprofundado do mercado-alvo e uma proposta de valor clara e convincente para os clientes.

Ao identificar e avaliar as forças de uma organização, é importante considerar a sustentabilidade dessas vantagens competitivas e a forma como elas se comparam aos concorrentes. Além disso, devemos acompanhar as mudanças no ambiente de negócios para garantir que as forças internas continuem sendo relevantes e adaptadas às demandas do mercado.

É importante lembrar que cada organização terá suas próprias forças específicas, e é crucial realizar uma análise honesta e realista para identificá-las. Ao capitalizar essas forças, as empresas podem desenvolver estratégias que aproveitem suas vantagens competitivas e posicionem-se para o sucesso a longo prazo.

2. Fraquezas (Weaknesses)

As fraquezas são as deficiências internas de uma organização que a impedem de alcançar seu pleno potencial. Isso pode envolver falta de recursos, processos ineficientes, falta de habilidades específicas, baixa qualidade do produto ou serviço, ou até mesmo problemas de reputação. Identificar e abordar essas fraquezas é fundamental para melhorar a eficiência e o desempenho geral da organização.

Aqui estão alguns aspectos importantes a serem considerados ao analisar as fraquezas em uma análise SWOT:

  1. Recursos limitados: As organizações podem ter recursos financeiros limitados, falta de capital de investimento, infraestrutura inadequada ou falta de recursos humanos qualificados. A falta de recursos pode limitar a capacidade da organização de expandir, inovar ou competir efetivamente no mercado.
  2. Falta de habilidades e conhecimentos: A falta de habilidades e conhecimentos específicos dentro da organização pode ser uma fraqueza significativa. Isso pode incluir uma força de trabalho com habilidades desatualizadas, falta de conhecimento em novas tecnologias ou lacunas em competências essenciais necessárias para o sucesso do negócio.
  3. Processos operacionais ineficientes: Fraquezas nos processos internos podem levar a atrasos, desperdícios, baixa produtividade ou falta de qualidade. Processos desorganizados, fluxos de trabalho ineficientes ou falta de automação podem prejudicar a eficiência operacional e a capacidade de atender às demandas do mercado de forma eficaz.
  4. Falta de diferenciação: Se a organização não possui características distintivas que a diferenciem dos concorrentes, isso pode ser uma fraqueza. A falta de proposta de valor única, de inovação ou de elementos diferenciadores pode dificultar a atração de clientes e competir no mercado.
  5. Dependência excessiva de um cliente ou fornecedor: A dependência excessiva de um único cliente ou fornecedor pode representar uma fraqueza significativa. Se um cliente importante deixar de fazer negócios com a empresa ou se um fornecedor-chave enfrentar problemas, isso pode afetar negativamente as operações e a estabilidade financeira da organização.
  6. Comunicação deficiente: Fraquezas na comunicação interna e externa podem prejudicar a eficácia da organização. Falhas na comunicação interna podem levar a conflitos, falta de alinhamento ou desmotivação da equipe. Já a comunicação externa ineficaz pode resultar em uma má imagem da empresa, falta de conscientização do público-alvo ou falta de confiança dos clientes.
  7. Reputação ou imagem negativa: Se a organização tem uma reputação negativa, seja devido a problemas passados, má qualidade do produto ou serviço, falta de ética nos negócios ou outros motivos, isso pode ser uma fraqueza significativa. A reputação negativa pode afetar a confiança dos clientes, a aquisição de novos negócios e a lealdade do cliente.

Ao identificar as fraquezas, é importante que a organização seja honesta consigo mesma e esteja disposta a enfrentar os desafios internos. Essa consciência permite que a empresa desenvolva estratégias de melhoria adequadas para superar as fraquezas e melhorar seu desempenho geral. Isso pode envolver a capacitação da equipe, o investimento em tecnologia, a melhoria dos processos internos ou a busca de parcerias estratégicas para superar as limitações identificadas.

3. Oportunidades (Opportunities)

As oportunidades referem-se a tendências, eventos ou situações externas que uma organização pode aproveitar para obter vantagem competitiva. Essas oportunidades podem surgir de mudanças no mercado, avanços tecnológicos, novas regulamentações ou demandas emergentes dos clientes. Identificar e capitalizar essas oportunidades pode ajudar as empresas a crescer e expandir sua participação de mercado.

Aqui estão algumas áreas-chave que podem ser consideradas como oportunidades em uma análise SWOT:

  1. Novas tendências e demandas do mercado: Mudanças nas preferências do consumidor, avanços tecnológicos, novas regulamentações ou tendências emergentes podem criar oportunidades para as empresas. Ao identificar e acompanhar as tendências relevantes ao seu setor, as organizações podem se adaptar e oferecer produtos ou serviços que atendam às novas demandas do mercado.
  2. Segmentos de mercado não atendidos: Identificar segmentos de mercado não explorados ou com pouca concorrência pode ser uma oportunidade para expandir o alcance da organização. Isso pode envolver identificar necessidades específicas de um grupo de clientes ou identificar nichos de mercado que não estão sendo adequadamente atendidos.
  3. Parcerias estratégicas: Estabelecer parcerias estratégicas com outras empresas pode abrir novas oportunidades de negócios. Essas parcerias podem permitir acesso a novos mercados, compartilhamento de recursos e conhecimentos complementares, desenvolvimento conjunto de produtos ou serviços e aproveitamento de sinergias entre as organizações envolvidas.
  4. Expansão geográfica: Identificar oportunidades de expansão para novas regiões geográficas pode ser uma estratégia de crescimento. Isso pode envolver a entrada em mercados internacionais, a abertura de filiais em áreas de alta demanda ou a adaptação de produtos ou serviços para atender às necessidades de diferentes regiões.
  5. Tecnologia e inovação: Avanços tecnológicos podem abrir oportunidades para melhorar a eficiência, desenvolver novos produtos ou serviços e criar modelos de negócios inovadores. Acompanhar as tendências tecnológicas relevantes ao setor da organização e explorar como essas tecnologias podem ser aplicadas de maneira estratégica podem gerar vantagens competitivas significativas.
  6. Mudanças regulatórias favoráveis: Alterações nas regulamentações governamentais podem criar oportunidades para as empresas. Por exemplo, mudanças nas políticas de incentivos fiscais, abertura de novos mercados ou mudanças nas políticas de sustentabilidade podem abrir caminho para novas oportunidades de negócios.
  7. Mudanças demográficas: Mudanças na demografia da população, como envelhecimento da população, aumento do poder de compra de determinados grupos ou mudanças nas preferências dos consumidores, podem criar oportunidades para as empresas. Identificar e adaptar-se às necessidades e preferências desses grupos demográficos pode abrir novos mercados e impulsionar o crescimento.

Ao identificar e avaliar as oportunidades externas, é importante que as empresas sejam ágeis e flexíveis para aproveitar essas oportunidades. Isso pode envolver o desenvolvimento de planos de ação específicos, a alocação de recursos adequados e a implementação de estratégias adequadas para capitalizar as oportunidades identificadas.

Lembrando que as oportunidades podem variar dependendo do setor da organização, da localização geográfica e das tendências atuais do mercado. Portanto, é essencial que as empresas realizem uma análise contínua do ambiente externo para identificar e aproveitar as oportunidades relevantes ao seu contexto específico.

4. Ameaças (Threats)

As ameaças são fatores externos que podem prejudicar o desempenho de uma organização. Elas podem incluir concorrentes agressivos, mudanças nas preferências dos clientes, flutuações econômicas, novas regulamentações governamentais ou avanços tecnológicos. Identificar e monitorar essas ameaças permite que as empresas estejam preparadas para enfrentá-las e minimizar seu impacto negativo.

Aqui estão algumas áreas-chave que podem ser consideradas como ameaças em uma análise SWOT:

  1. Concorrência acirrada: A presença de concorrentes fortes e agressivos pode representar uma ameaça para uma organização. Isso pode incluir concorrentes com produtos ou serviços similares, preços mais competitivos, maior alcance de mercado, melhor reputação ou recursos financeiros mais robustos. A concorrência acirrada pode afetar a participação de mercado, a lucratividade e a capacidade de crescimento da organização.
  2. Mudanças no ambiente regulatório: Alterações nas regulamentações governamentais podem criar ameaças para as empresas. Isso pode envolver a implementação de novas políticas, restrições comerciais, impostos adicionais ou mudanças nos requisitos de conformidade. Essas mudanças podem aumentar os custos operacionais, limitar a liberdade de ação da organização ou afetar negativamente a demanda pelo produto ou serviço oferecido.
  3. Mudanças tecnológicas: Avanços tecnológicos rápidos e disruptivos podem representar uma ameaça para as empresas que não conseguem acompanhar essas mudanças. Isso pode envolver a obsolescência de produtos ou serviços existentes, a substituição por soluções tecnológicas mais eficientes, a perda de competitividade ou a dificuldade em atender às expectativas do cliente em relação à inovação tecnológica.
  4. Flutuações econômicas: A instabilidade econômica, como recessões, inflação, flutuações cambiais ou aumento dos custos de matérias-primas, pode representar ameaças para as organizações. Essas condições podem afetar o poder de compra dos consumidores, a demanda por produtos ou serviços, os custos operacionais e a rentabilidade geral da empresa.
  5. Mudanças no comportamento do consumidor: Mudanças nas preferências, necessidades ou comportamento dos consumidores podem representar ameaças para as organizações. Isso pode envolver uma mudança nas tendências de consumo, uma preferência por produtos ou serviços sustentáveis, uma maior demanda por transparência ou uma mudança nas expectativas de atendimento ao cliente. As empresas precisam se adaptar a essas mudanças para permanecerem relevantes e competitivas.
  6. Instabilidade geopolítica: Eventos políticos, conflitos armados, desastres naturais ou instabilidade social em determinadas regiões podem representar ameaças para as empresas. Isso pode afetar a cadeia de suprimentos, a capacidade de operação, a segurança dos funcionários ou a reputação da empresa.
  7. Mudanças demográficas: Alterações na demografia da população, como envelhecimento da população, diminuição da taxa de natalidade ou mudanças na composição socioeconômica, podem criar ameaças para as empresas. Isso pode exigir ajustes nas estratégias de marketing, adaptação dos produtos ou serviços para atender às novas necessidades demográficas ou enfrentar desafios relacionados à escassez de mão de obra qualificada.

Ao identificar as ameaças, as organizações devem desenvolver estratégias para mitigar os riscos associados. Isso pode envolver a implementação de planos de contingência, o desenvolvimento de estratégias de diferenciação para enfrentar a concorrência, a diversificação da base de fornecedores ou a busca de parcerias estratégicas para fortalecer a posição no mercado. A monitorização contínua do ambiente externo é essencial para identificar novas ameaças emergentes e responder proativamente a elas.

Aplicação da Análise SWOT

A análise SWOT é uma ferramenta versátil e amplamente utilizada em diversos contextos empresariais. Ela pode ser aplicada em várias situações para auxiliar na tomada de decisões estratégicas e no desenvolvimento de planos de ação. Aqui estão algumas das principais aplicações da análise SWOT:

  1. Planejamento estratégico: A análise SWOT é frequentemente utilizada como parte do processo de planejamento estratégico. Ela permite que a organização avalie sua posição atual no mercado, identifique seus pontos fortes e fraquezas internas, bem como as oportunidades e ameaças externas. Com base nessa análise, a empresa pode definir metas e objetivos estratégicos, identificar áreas de foco prioritárias e desenvolver estratégias para alcançar seus objetivos.
  2. Avaliação de projetos ou iniciativas: A análise SWOT pode ser aplicada para avaliar a viabilidade e o potencial de sucesso de projetos ou iniciativas específicas. Ela ajuda a identificar os recursos disponíveis, as competências necessárias, as oportunidades de mercado e os riscos associados. Isso auxilia na tomada de decisões informadas sobre quais projetos devem ser priorizados, quais podem exigir ajustes e quais devem ser descartados.
  3. Análise de mercado e concorrência: A análise SWOT é útil para entender a posição da organização em relação ao mercado e à concorrência. Ela permite avaliar as forças e fraquezas da empresa em comparação com os concorrentes diretos, identificar oportunidades de diferenciação e destacar possíveis ameaças que podem afetar a posição da empresa no mercado. Isso auxilia na formulação de estratégias de marketing e posicionamento de produtos ou serviços.
  4. Desenvolvimento de produtos ou serviços: A análise SWOT pode ser aplicada no processo de desenvolvimento de produtos ou serviços. Ela ajuda a identificar as necessidades dos clientes, analisar as características desejadas pelos consumidores, avaliar a capacidade da empresa em atender a essas demandas e identificar oportunidades de inovação. Isso contribui para a criação de produtos ou serviços que sejam competitivos e atendam às expectativas do mercado.
  5. Gestão de mudanças e transformação organizacional: A análise SWOT é útil durante processos de mudança organizacional. Ela auxilia na avaliação dos recursos, habilidades e capacidades existentes na organização, bem como nas ameaças e desafios que podem surgir durante a implementação das mudanças. Isso permite que a empresa identifique áreas que precisam ser reforçadas, desenvolva estratégias de comunicação e gerencie os riscos associados à mudança.
  6. Avaliação de parcerias e alianças estratégicas: A análise SWOT pode ser utilizada para avaliar a viabilidade e o potencial de parcerias e alianças estratégicas. Ela permite que a organização identifique as sinergias entre as partes envolvidas, avalie as vantagens competitivas conjuntas, identifique áreas de complementaridade e avalie os riscos envolvidos. Isso auxilia na seleção de parceiros estratégicos adequados e na formulação de estratégias de colaboração.

As Quatro Estratégias Genéricas derivadas da Análise de SWOT

Na análise SWOT, as quatro estratégias genéricas referem-se a diferentes abordagens que uma organização pode adotar com base nas combinações dos fatores internos (forças e fraquezas) e externos (oportunidades e ameaças) identificados na análise. Essas estratégias visam alavancar os pontos fortes da empresa, superar suas fraquezas, aproveitar as oportunidades e lidar com as ameaças. Vamos explorar cada uma delas em mais detalhes:

Análise de SWOT e a definição de estratégias.
  1. Estratégia de Crescimento: Essa estratégia envolve a busca ativa pelo desenvolvimento e expansão nos negócios. É baseada na combinação de forças internas com oportunidades externas. Quando uma organização identifica pontos fortes e oportunidades favoráveis, ela pode aproveitá-los para impulsionar o desenvolvimento. Ela se concentra em buscar novas oportunidades, seja por meio da introdução de novos produtos ou serviços, da entrada em novos mercados geográficos ou da ampliação da participação de mercado em segmentos existentes. A estratégia de crescimento está associada a um crescimento mais rápido e a um maior risco, pois implica em assumir desafios e incertezas relacionados à exploração de novas áreas e ao aumento da escala de operações.
  2. Estratégia de Desenvolvimento: Essa estratégia está relacionada ao crescimento organizacional por meio superação das fraquezas da organização para podermos aproveitar as oportunidades de mercado. Esta estratégia tem como objetivo aprimorar e fortalecer as capacidades existentes da empresa. Ela se concentra em melhorar a eficiência operacional, otimizar processos internos, desenvolver habilidades dos colaboradores e buscar inovação incremental. A estratégia de desenvolvimento está associada a um crescimento mais estável e sustentável, pois se baseia na melhoria contínua e no aperfeiçoamento das capacidades internas da empresa.
  3. Estratégia de Sobrevivência: Essa estratégia é adotada quando uma organização enfrenta desafios significativos e ameaças que podem comprometer sua sobrevivência. É baseada na combinação de fraquezas internas com ameaças externas. A estratégia de sobrevivência envolve a identificação e a mitigação de fraquezas internas que podem contribuir para a vulnerabilidade da organização, enquanto enfrenta as ameaças de forma proativa. Isso pode incluir a redução de custos, a reestruturação organizacional, a busca de fontes alternativas de financiamento ou a diversificação de mercados. O objetivo principal é garantir a continuidade dos negócios e superar os desafios imediatos.
  4. Estratégia de Manutenção: Essa estratégia é adotada quando a organização busca manter sua posição atual no mercado e preservar seus pontos fortes existentes. É baseada na combinação de pontos fortes internos com ameaças externas. Ao reconhecer as ameaças que podem impactar a organização, ela busca utilizar seus pontos fortes para minimizar os efeitos negativos dessas ameaças. Isso pode envolver a implementação de estratégias defensivas, o reforço da fidelidade dos clientes, a melhoria da qualidade dos produtos ou serviços, ou a busca de eficiência operacional. A estratégia de manutenção visa proteger a posição da organização e garantir a estabilidade em um ambiente competitivo.

Observação Importante: na literatura existem diferentes interpretações quanto as estratégias de crescimento e desenvolvimento. Grande parte dos autores consideram que a estratégia de crescimento deve ser utilizada no cenário com predominância em fraquezas e oportunidades externas. Para mim, nesse cenário é melhor utilizar a estratégia de desenvolvimento, pois focaremos na solução de nossas fraquezas para aproveitar as oportunidades externas.

Cabe destacar que as estratégias genéricas não são mutuamente exclusivas e podem ser combinadas ou ajustadas de acordo com as circunstâncias e objetivos específicos de cada organização. A análise SWOT fornece uma base sólida para a formulação dessas estratégias, permitindo que a organização tome decisões informadas e alinhe suas ações com sua situação atual e com as condições do mercado.

Conclusão

A análise SWOT é uma ferramenta essencial para a gestão estratégica, pois fornece uma visão holística da posição de uma organização no mercado e dos fatores que podem impactar seu desempenho. Ao identificar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, as empresas podem tomar decisões informadas e desenvolver estratégias eficazes para obter vantagem competitiva.

É importante ressaltar que a análise SWOT não é um processo estático, mas sim um exercício contínuo de monitoramento e adaptação às mudanças no ambiente de negócios. As empresas devem revisar regularmente sua análise SWOT à medida que novas informações se tornam disponíveis e as condições do mercado evoluem.

Em suma, a análise SWOT é uma poderosa ferramenta de planejamento estratégico que permite às organizações avaliar sua posição competitiva e desenvolver estratégias eficazes para alcançar o sucesso a longo prazo. Ao utilizar essa ferramenta de maneira abrangente e sistemática, as empresas podem identificar suas vantagens competitivas, superar suas fraquezas, aproveitar as oportunidades do mercado e mitigar as ameaças externas.

No entanto, é importante lembrar que a análise SWOT, por si só, não garante o sucesso. É fundamental que as empresas ajam com base nos insights gerados pela análise, implementando planos de ação claros e acompanhando seu progresso ao longo do tempo. Além disso, a análise SWOT deve ser complementada por outras ferramentas de gestão estratégica, como a definição de metas, a segmentação de mercado, a análise da concorrência e a avaliação do ambiente externo.

Em resumo, a análise SWOT é uma ferramenta valiosa para a gestão estratégica, permitindo às empresas avaliar sua posição no mercado e tomar decisões informadas. Ao identificar forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, as organizações podem desenvolver estratégias que maximizem suas vantagens competitivas, abordem suas fraquezas, aproveitem as oportunidades disponíveis e minimizem as ameaças enfrentadas.

No cenário empresarial dinâmico de hoje, a análise SWOT se torna ainda mais relevante para a tomada de decisões estratégicas bem fundamentadas. Portanto, é essencial que as organizações incorporem essa ferramenta em seus processos de planejamento e gestão, a fim de impulsionar o sucesso e a sustentabilidade a longo prazo.


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Comments (2) on "A Análise SWOT: Uma Ferramenta Essencial para a Gestão Estratégica"

  1. Bom dia! Gostaria de pedir ajuda pra indicação de fonte bibliográfica da matriz cruzada SWOT. Fiz um concurso público em que caiu uma questão pedindo qual seria a estratégia a ser adotada quando há a presença de pontos fracos internos e oportunidades externas. A banca atribuiu como gabarito a alternativa que falava sobre estratégia de crescimento, em vez de desenvolvimento, como você colocou no artigo. Encontrei algumas divergências sobre isso na internet e queria recorrer da questão. Você consegue me indicar a fonte?

    1. Prezada Talitha, desculpa a demora em responder sua pergunta. Normalmente as bancas de concurso utilizam dois autores principais o Chiavenato e o Oliveira. Seguem duas obras que podem te ajudar.

      CHIAVENATO, I. Planejamento Estratégico – Da intenção aos resultados. 4. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2020.

      OLIVEIRA, D. de P. R. de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologias e práticas. São Paulo: Atlas, 2014.

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